10 Coisas Sobre a NBA — Temporada 2018/19 (vol. 1)

Guilherme Jacobs
6 min readNov 6, 2018

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Olá. Se você me segue no Twitter (@GhostJacobs), provavelmente já me viu falando de NFL e NBA. Eu amo essas duas ligas, particularmente a NBA. E como qualquer viciado no basquete norte-americano, eu tenho hot takes 🔥🔥🔥 para compartilhar.

Eu sempre pensei em criar conteúdo relacionado a NBA. Talvez ainda faça um podcast. Mas por enquanto eu não tenho tempo no momento então resolvi simplesmente escrever uma coluna aqui no Medium mesmo. É suficiente pra coçar a ferida, por enquanto, e satisfazer minha vontade de falar sobre basquete aqui.

Então vamos ao primeiro volume da minha coluna 10 Coisas Sobre a NBA — Temporada 2018/19. Sim, eu sei. Esse título é muito criativo.

O Bucks é pra valer

Eu sempre achei que esse time do Milwalkee Bucks tinha potencial pra ser algo especial e agora eles estão mostrando. A presença de um bom técnico, o Mike Budenholzer, que adotou uma cultura de movimentação rápida de bola e arremessos de três pontos, mudou completamente o time. Khris Middleton seria um All-Star se ele jogasse num time mais badalado, e o Giannis Antetokounmpo já é um dos 6–7 melhores jogadores da liga. Na verdade, esse sistema só deu vantagens pra ele. Agora ele tem mais liberdade pra atacar o garrafão e sua falta de um jump-shot consistente está sendo mais perdoada. Deus nos ajude se ele começar a acertar de 3.

Agora vai, Raptors (talvez)

Trocar o DeMar DeRozan foi cruel, mas é inegável: O Raptors melhorou. Kawhi Leonard está sendo um monstro semelhante ao que foi no ápice dos seus anos em San Antonio. Se ele se mantiver saudável, pode ser o fator que faltou ao Raptors para chegar às finais. E para o time, uma boa notícia: LeBron James não está mais na Conferência Leste, então não pode eliminá-los nos playoffs. Entretanto, reconheço que essa é a quarta ou quinta vez seguida onde a narrativa “esse é o ano do Raptors” começa. É possível que o time morra na praia de novo, e o Leste está cada vez melhor. Celtics, Bucks e Sixers ainda darão trabalho nos playoffs. Mas eu acredito no Raptors.

Victor Oladipo é um candidato a MVP

Ah, se o meu querido Oklahoma City Thunder soubesse que o Victor Oladipo podia ser esse monstro. Mas eu não culpo o time. Oladipo precisava desse espaço para brilhar. Depois que ele transformou seu corpo e treinou mais (tudo inspirado, diz ele, pela dedicação que viu no Westbrook), ele se tornou um jogador de nível All-Star. Bom, esse ano ele está tão bom quanto foi na temporada passada, e eu ouso dizer mais: ele é um candidato a MVP. Não sei se vai ganhar, mas merece ser lembrado. Assista sua performance no 4º quarto dos jogos contra o Rockets e Celtics, e depois me diga que estou errado.

O Cavs devia explodir tudo (blow it up!)

Cleveland está uma bagunça. Eu sei que ninguém esperava boas coisas do time sem o LeBron James, mas a situação lá está triste. Collin Sexton está sofrendo muito em seu primeiro ano, J.R. Smith e Kyle Korver já expressaram desejo de sair do time, Ty Lue foi demitido e Kevin Love está machucado. Bom, eu acho que o Cavs devia desistir dessa temporada. Troca o Smith, troca o Korver, troca o Love quando ele estiver saudável. Você consegue pelo menos umas duas escolhas de segundo round e uma de primeiro round por esses caras. O resto do time vai ficar uma merda? Com certeza. Mas o Cavs não vai longe esse ano, e com um draft parrudo que tem o trio de Duke (R.J. Barrett, Zion Williamson — o novo possível LeBron — e Cam Reddish, que estreiam nesta terça, 6/11, às 23h30 na ESPN) disponível, eu abandonaria 2018 para pensar no futuro. Já consigo ver as headlines nos jornais de Cleveland se o time pegar o Zion. “The New King.”

Nós fomos duros demais com Trae Young

Todo mundo no planeta terra xingou o Atlanta Hawks por ter trocado Luka Doncic por Trae Young no draft. Eu xinguei, você xingou e os fãs do Hawks xingaram. Doncic é incrível. Ele é o melhor jogador do último draft e vai ser Rookie do Ano. Mas o Trae Young tem jogado bem. Sua explosão ofensiva na universidade de Oklahoma gerou muito hype e depois muito backlash. Mas a real é que ele não tinha ajuda e os times perceberam que podiam botar 2–3 caras em cima dele. O resto do time não ajudava. Na NBA, onde até mesmo os piores times tem jogadores que sabem jogar basquete, espaçam bem a quadra e são mais eficientes, Young está indo bem. Ele pode não ser o Doncic, ele pode não ser o novo Steph Curry mas ele merece crédito. Falando em Curry…

Steph Curry é o MVP até agora?

O começo de temporada de Steph Curry é assustador. Eu sei que é muito difícil ele ou o KD ganharem um MVP enquanto estiverem no mesmo time, mas vamos olhar as estatísticas. Em 10 jogos, num dos quais ele fez 50 pontos, Curry está, em média, com 32.5 pontos, 6.0 assistências, 5.4 rebotes, 54% de precisão, 51% em bolas de três e 92% de lances livres. Tudo isso com 20.6 arremessos por partida. Se ele terminar o ano com 30 pontos, 6 assists, 5 rebotes de média, com 50/50/90% nos arremessos, dá pra tirar o MVP dele? Esses números são absurdos. Coisas que o próprio Curry fez em sua campanha de MVP em 2015/16. Ah, e ele já acertou 59 bolas de três na temporada até agora. É, como eu falei, assustador. Parece que ele pode, a qualquer momento, ligar o modo aniquilação total e matar o time adversário.

Kemba Walker não pode passar despercebido

O Hornets não teve o melhor começo de temporada possível, mas desde o primeiro jogo o time tem jogado bem, especialmente seu armador, Kemba Walker, que tem tudo pra ser um All-Star no Leste. Kemba está com 28 pontos de média e acertou 42 bolas de três nos primeiros 10 jogos da temporada, a quarta melhor marca da história (Curry ocupa os três primeiros lugares dessa lista, com suas 59 bolas desse ano em #1). Não deixem o Kemba passar despercebido. O All-Star Game é em Charlotte esse ano, e ele merece estar lá, na sua quadra, mostrando porque é um dos melhores jogadores do Leste até agora.

Sobre o Lakers…

O Lakers não começou bem esse ano. Eles estão 4–6 e levaram um sacode de um Raptors sem Kawhi que com certeza fez o ex-Spurs considerar bastante ficar em Toronto ano que vem. Há coisas boas ali: Brandon Ingram continua mostrando muito potencial, Josh Hart é extremamente energético e pode crescer bastante, Lonzo Ball melhorou em tudo e está acertando mais cestas, Kyle Kuzma é um ótimo pontuador e está jogando bem, e JaVale McGee está tendo a melhor fase de sua carreira, talvez. Mas isso não é suficiente. Não que esses caras sejam ruins, mas eles não são suficientes pra compensar os defeitos do time, que continua errando muito de 3 e falhando demais na defesa. Lance Stephenson, Rajon Rondo e Michael Beasley já já estarão no trading block. Qualquer ilusão que Los Angeles seria paciente com esses Young Lakers está acabando. Até porque o time o contratou LeBron James, que merece um parágrafo só pra ele.

LeBron está no piloto automático

O título diz tudo. LeBron não está jogando mal. Ele continua o melhor do mundo e pode fazer a diferença quando quiser. Mas ele está completamente no automático. Ele sabe que com esse time, ele não vai longe. Até que hajam trocas, ou que o time assine bons free-agents ano que vem (a classe de free-agents de 2019 inclui: Klay Thompson, Kevin Durant, Jimmy Butler, Kawhi Leonard e mais), LeBron vai cuidar do seu corpo, dos seus investimentos milionários no entretenimento, e da sua imagem. Ele vai ter ótimos jogos, vai fazer milagres aqui e ali, mas esse não é o LeBron MVP que muita gente esperou antes da temporada. O problema vai ser se sua paciência, ou a da cidade onde agora joga, esgotar.

O Heat tem o melhor uniforme da liga

Eu pensei que não tinha como o uniforme “Vice City” do Heat melhorar. Mas agora as cores neon não estão mais numa camisa branca, e sim numa preta. E adivinha? Ficou lindo. Parabéns, Heat. Abandonem suas cores e transformem o rosa, azul, preto e branco no esquema de cores principal. A quadra vai ficar linda.

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